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Olá,

Sou Léo Fernandes Pereira, doutor em Saúde Coletiva, Personal Trainer, Professor de Yoga e Fasciaterapeuta especializado no Método Danis Bois. Integro diferentes abordagens corporais ao meu trabalho, unindo o movimento, técnicas manuais e uma compreensão profunda e abrangente sobre saúde, sempre focado no cuidado integral e único de cada pessoa.

Trajetória

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Meu fascínio pelas práticas corporais começou cedo. Aos seis anos, iniciei minha jornada na capoeira e, aos quatorze, descobri a musculação. Durante o ensino médio, tive meu primeiro contato com o Yoga. Ao longo da graduação em Educação Física, tive a oportunidade de me aprofundar, tanto teórica quanto vivencialmente, nessas e em outras 'escolas de movimento', o que me levou a nutrir um interesse profundo pelo fitness, pela biomecânica, pela estética do movimento e pelas potencialidades do corpo.

Neste período, realizei formações em Yoga com Camila Reitz (2009) e Tales Nunes (2010), e iniciei minha trajetória como instrutor de Yoga no projeto Práticas Corporais da Universidade Federal de Santa Catarina. Com o tempo, as formas contemporâneas do Yoga me conduziram a raízes mais profundas da cultura indiana, despertando meu interesse pela língua sânscrita, pela escrita em devanagari, e pelas escrituras védicas, seus sons e significados. Através de aulas com professores como Marcelo Cruz e Glória Arieira, pude me apropriar dos conhecimentos da tradição Advaita Vedanta, uma escola do pensamento indiano que se concentra no autoconhecimento e na busca pela plenitude.

Em 2015, viajei para a Índia e participei do último curso de verão ministrado por Swami Dayananda, um renomado mestre de Vedanta que veio a falecer no mesmo ano. Desde então, mantenho um vínculo autônomo com essa tradição, explorando a interpretação, a recitação e a reflexão sobre as escrituras védicas. Busco intercalar esses estudos com a prática psicofísica do Yoga e leituras acadêmicas contemporâneas sobre temas correlatos, promovendo um diálogo crítico entre a tradição e a contemporaneidade, a filosofia perene e outras áreas de conhecimento, como autodesenvolvimento, saúde física e mental, e nutrição. Parte desse diálogo se reflete em meus trabalhos acadêmicos. Confira eles aqui.

Paralelamente ao meu interesse pela tradição indiana, minha formação em Educação Física me levou a explorar outras práticas corporais e terapias manuais. Após me graduar, senti a necessidade de compreender o corpo sob uma perspectiva terapêutica, o que me levou a buscar uma formação em Osteopatia, realizada em Portugal entre 2011 e 2013. Essa formação se mostrou essencial, pois procurava um sistema médico que oferecesse uma compreensão abrangente sobre o corpo e os processos de saúde-doença, colocando o "paciente" em uma posição ativa e considerando sua capacidade de autocura e restabelecimento da saúde. Durante essa formação, aprendi a investigar problemas de saúde por meio da anamnese e a identificar suas características mais comuns.

Nos últimos anos, desenvolvi um interesse especial pela fáscia, o tecido que se estende por todo o corpo, conectando músculos, ossos e órgãos. Além de desempenhar funções essenciais para o funcionamento do corpo, a fáscia é considerada a sede das emoções. Abordagens que focam nesse tecido têm demonstrado benefícios expressivos tanto em termos psicológicos quanto de bem-estar muscular. Em 2019, iniciei a formação em somato-psicopedagogia do Método Danis Bois, buscando aprimorar minha sensibilidade e olhar dedicado para a fáscia, que tem atraído cada vez mais a atenção da ciência. Virei um entusiasta do Método Danis Bois. Busco me manter atualizado, mantendo contato com pessoas próximas de Danis, como minha amiga Heléne Jank, o professor Armaund Angibaud, entre outras profissionais que estao levando adiante o MDB no Brasil.

 

O pensamento dominante na ciência foca em métodos quantitativos e experimentais. Assim como prof. Danis Bois, optei pela pesquisa qualitativa, mais adequada para explorar a experiência vivida das pessoas em relação ao seu corpo. Essa abordagem valoriza a subjetividade e as vivências internas para compreender o comportamento humano. Nessa perspectiva, a percepção é essencial, pois é através dos sentidos que outras atividades cognitivas começam. A percepção, quando acompanhada por uma presença atenta, permite que a pessoa se envolva profundamente e perceba os fenômenos sutis que atravessam o corpo.

Minha trajetória como pesquisador também reflete essa questão, no que busco compreender o processo histórico do yoga, até chegar ao contexto brasileiro. Minha tese de doutorado, por exemplo, ensaiou a integração de princípios da tradição védica, especialmente da escola Advaita Vedanta, com práticas preventivas voltadas para doenças cardiovasculares no contexto da saúde pública brasileira. A pesquisa buscou fornecer subsídios teóricos para idealizar um yoga inserido no Sistema Único de Saúde (SUS), mais alinhado com a ontologia, epistemologia e metodologia da tradição védica. De forma curta, o estudo analisou as diferenças entre a visão biomédica do coração e o conceito védico de hṛdayam (coração), abordando-o como centro de meditação, órgão físico, sede do intelecto e local das emoções e tristezas. Com base em uma metodologia hermenêutica-fenomenológica, a pesquisa se valeu tanto da perspectiva interna (êmica) da tradição védica quanto uma análise crítica externa (ética), dialogando com a medicalização do yoga no Ocidente. A tese propos que um yoga voltado para a saúde cardiovascular, mais sintonizado com os ensinamentos tradicionais, poderia atuar como uma forma de prevenção quaternária, ajudando a reduzir a medicalização excessiva e focando no desenvolvimento da autonomia e no cuidado integral.

Meu atual projeto de pós-doutorado, vinculado ao CNPq, busca trazer ao campo prático, do SUS, os elementos conceituais que foram desenvolvidos na tese, para buscar compreender o impacto desses no contexto da saúde coletiva masculina, com foco no cuidado integral.

Hoje, com mais de 20 anos de experiência em autoconhecimento, saúde e movimento, busco integrar as diversas abordagens que estudei — do Yoga à Osteopatia, da Fasciaterapia à Saúde Coletiva — em um trabalho comprometido com a promoção de um bem-estar integral e profundo, que acolha corpo, mente e espírito em um processo contínuo de transformação e cura.

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